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O primeiro Centro espírita do Brasil

     Já entre os anos de 1853 e 1854, surgiam no Brasil as notícias dos fenômenos das mesas girantes que ocorriam nos Estados Unidos e na Europa, publicadas no Jornal do Comércio, do Rio de Janeiro e no jornal Diário de Pernambuco. A primeira obra espírita, em Português, publicada no Brasil foi “O Espiritismo na sua mais simples expressão” traduzida por Alexandre Canu, em 1862.

     Como baianos, é mais um motivo de orgulho sabermos que o primeiro centro espírita do país foi fundado aqui em nosso Estado. No dia 17 de setembro de 1865, pouco mais de oito anos depois do lançamento da primeira edição do Livro dos Espíritos, era fundado em Salvador por LUÍS OLÍMPIO TELES DE MENEZES, o Grupo Familiar de Espiritismo.  O centro visava a divulgação dos ensinamentos espíritas, bem como a assistência aos mais necessitados pela prática da caridade. Já na inauguração, durante a sessão mediúnica, o grupo recebe a primeira página psicografada e assinada por um espírito que se denominava ANJO BRASIL.

     O ataque da Igreja católica foi imediato vindo do Arcebispo da Bahia e Primaz do Brasil Dom Manoel Joaquim da Silveira que, entre outras coisas afirmava que: “ O espiritismo é um atentado formal contra a verdade Católica e que, em uma sociedade cuja doutrina tem por fim contrariar a religião do Estado é contra o Estado”.

     Em defesa da nova doutrina, Luís Olímpio escreve carta aberta afirmando: “O Espiritismo tem de passar por provas rudes e nelas Deus reconhecerá sua coragem, sua firmeza e sua perseverança. Os que se ausentam por um simples temor ou por uma decepção, assemelha-se a soldados que somente são corajosos em tempos de paz, mas que, ao primeiro tiro, abandonam as armas”.